DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA – Campus Boa Vista receberá exibição de documentário sobre escravidão

por Virginia publicado 21/11/2018 14h35, última modificação 27/11/2018 15h38
Após a exibição do documentário terá um debate com professores da UFRR e do CBV.

Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, o Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV-IFRR) receberá, na tarde desta quarta-feira, 21, a exibição do documentário “Ecos da Escravidão: por três séculos, o Brasil conheceu uma única forma de mão de obra”. Ele foi produzido pela TV Brasil e pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Depois da exibição, haverá um debate promovido pelo Grupo de Pesquisa História Colonial e Ensino de História em parceria com a Associação Nacional de História – Seção Roraima (Anpuh-RR). Participarão do debate os professores Monalisa Pavonne Oliveira (História-UFRR), Ana Paula Braga (Eagro-UFRR), Eduardo Gomes (Eagro-UFRR), Josias Marinho de Jesus Gomes (CAP-UFRR) e representantes da Diretoria de Ensino (Diren) do CBV.

Essa equipe estará no CBV a convite da Diren, do Departamento de Apoio Pedagógico (Dape) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi).

Documentário – O filme, produzido em 2015, tem duração de cinquenta e quatro minutos. Conta a história da exploração da mão de obra escrava na época dos engenhos de açúcar. Quer nos engenhos, quer nas lavouras de café, quer nas grutas de mineração, o serviço pesado estava nas mãos dos negros. A economia brasileira dos períodos colonial e imperial era fundamentada nessa exploração desumana.

Quase 5 milhões de escravos desembarcaram nos portos do Rio de Janeiro, de Salvador e do Recife, sem contar os muitos milhares que morreram na travessia do Atlântico. Só no século 19 é que a mentalidade dos homens começou a mudar. Com o movimento abolicionista, leis foram criadas, pouco a pouco, para acabar com esse sistema.

Em 14 de maio, em homenagem aos 127 anos da Lei Áurea, o Caminhos da Reportagem traça o longo e difícil caminho do cativeiro à abolição, a luta pela liberdade, as formas de alforria, os principais abolicionistas. Além disso, analisa uma polêmica: é possível ou não reparar os males deixados à população negra por anos e anos de trabalho escravo?

Os repórteres Carlos Molinari e Débora Brito foram aos principais polos de trabalho escravo no Brasil (Vale do Paraíba, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais) e trouxeram à tona os “Ecos da Escravidão”.

Capoeira – Para finalizar a programação, às 19 horas, no CBV, terá a apresentação da Roda de Capoeira com o grupo do mestre Caimbé.

Ficha técnica do documentário
Reportagem: Carlos Molinari e Débora Brito
Produção: Débora Brito e Flávia Lima
Imagens: Sigmar Gonçalves
Auxiliar técnico: Edivan Nascimento
Edição de texto: Anna Karina de Carvalho e Flávia Lima
Edição de imagem e finalização: Henrique Correa
Arte: André Maciel e Dinho Rodrigues
 
 
Virginia Albuquerque
CCS/Campus Boa Vista
21/11/18