Produções artesanais de Maturuca e do Tepequém em evidência durante Fórum de Integração

por Laura publicado 28/11/2017 23h30, última modificação 29/11/2017 13h12
Barraca tem artesanato indígena, peças de pedra-sabão e produção de açaí

Durante a realização do VI Fórum de Integração: Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica (Forint) do Instituto Federal de Roraima (IFRR), que ocorre nesta terça-feira, dia 28, e na quarta-feira, 29, no Campus Amajari, norte de Roraima, o artesanato da Serra do Tepequém e da Comunidade Indígena de Maturuca estão presentes no evento.

O programa Mulheres Mil também está expondo fotografias do resultado de trabalhos desenvolvidos pelo IFRR em várias localidades. Conforme a gestora do programa no Campus Amajari, Elisangela Ferreira Duarte, ele visa atender mulheres em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social oferecendo oportunidade para que aprendam uma profissão e tenham renda.

A aprendizagem é obtida por meio de cursos profissionalizantes, como ocorreu com a artesã Dionita da Silva, moradora de Maturuca, que participou do curso de Artesanatos Indígenas e trouxe para a comercialização, no fórum, colares, pulseiras e brincos.

O trabalho em pedra-sabão foi exposto pela moradora da Serra do Tepequém Madalena Alves, 41, que há 16 anos começou a trabalhar com essa arte. “Como o garimpo fechou, tivemos que procurar outra atividade. Através do Sebrae, a gente fez curso e, desde esse tempo, não parou mais”, disse, citando que a venda das peças, que variam de R$ 10,00 a R$ 150,00, complementa a renda da família.

Quem aproveitou o momento para vender literalmente seu produto, nesse caso o açaí, foi o produtor José Ubiratan Duarte, mais conhecido como Bira, que há oito anos trabalha com o produto e que hoje fornece para a Vila Brasil, para a Comunidade Indígena Três Corações e até para Boa Vista. 

Para ele, a participação no fórum estava além do esperado. “Como eu estou acostumado a vender apenas o produto para a pessoa levar para casa e comer, ou seja, no saquinho, hoje experimentei esse novo modelo (em copos) e gostei muito, então agora é aproveitar essa oportunidade”, afirmou, acrescentando que só conseguiu estar presente no evento devido ao transporte que o IFRR garantiu. “De moto jamais teria como trazer minha produção para cá, então só tenho a agradecer”, finalizou.

 

Rebeca Lopes
Fotos: Nenzinho Soares
Comunicação/VI Forint
28/11/2017
registrado em: VI Forint

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